Um arraçado de filme de vigaristas com comédia romântica que oscila indecisivamente entre surpreendentes virtudes e (perdoáveis) defeitos. Ora vejamos.
O segmento de vigarista, não sendo assombroso, foi construído de forma eficaz, com apelativos truques e um ritmo rápido e contagiante, servindo o seu propósito de iludir e depois espantar o espectador. Por sua vez, o par protagonista demonstra química q.b.: Will Smith consegue ser cativante e divertido enquanto Margot Robbie exala naturalmente toda a franqueza e sensualidade que a sua personagem exige. Ou seja, até aqui temos um filme descomprometido e cool, capaz de agarrar o espectador.
Contudo, a transição para o romance não me convenceu por completo, principalmente a partir da parte em Buenos Aires. A história soou a algo forçado, esticando os limites do credível e das coincidências, o que até prejudicou, na minha opinião, a construção do golpe.
Concluindo, “Focus” é entusiasmante, principalmente enquanto “con-movie”, mas acaba por ceder a alguns clichés românticos que lhe retiram fulgor.
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