As origens da mística e carismática figura. De Drácula filho do dragão a Drácula filha do Diabo, é este percurso sombrio que “Dracula Untold” pretende desvendar.
Ora de verdadeiramente sombrio só possui a componente técnica, com uma fotografia eficaz em criar um ambiente gótico e pesado. Pelo contrário, a construção narrativa é algo débil, incapaz de fazer justiça ao peso desta personagem. E porquê, perguntarão? Em primeiro lugar, eu imaginaria o príncipe Vlad como uma personagem bem mais cruel e macabra e penso que nesta adaptação ele foi humanizado em demasia, perdendo parte da sua atracção. Eu até percebo a intenção por detrás desta escolha, que pretende partir do herói para o monstro, do sacrifício pela família e pela pátria para a maldição eterna. O problema, e aqui entra a segunda razão, é que esta humanização nem sequer é muito bem desenvolvida, sendo prejudicada quer pela sua esquemática rapidez quer pela inexistência de um sentido conflito moral. Ainda assim, terei que mencionar dois pontos positivos: o encontro na gruta entre Vlad e o Mestre Vampiro (Charles Dance ou, para os amigos, Tywin Grumpy Grampa Lannister) e a prestação de Luke Evans que, não sendo fantástica, também por culpa do já referido, é sem dúvida competente!
Veredicto final? Entretenimento razoável, encabeçado pelo agradável Luke Evans, “Dracula Untold” peca apenas pela sua esquematização, que o impede de ser solidamente entusiasmante ou temível!
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