Dube: Why are people so cruel?
Paul Rusesabagina: Hatred... Insanity... I don't know...
A pergunta fica em aberto, num crescendo de crueldade e horror. Cru, desconfortável, violento, Hotel Rwanda é uma obra francamente desarmante. E necessária. Tamanhas atrocidades nunca deveriam ser esquecidas...é simplesmente inacreditável pensar na desumanidade do ser humano...
Sem ser melodramático ou excessivo, o filme cumpre magnificamente essa função. O exemplo maior será talvez a interpretação de Don Cheadle, que, sobriamente, exprime de forma notável o conflito, o medo, a dor e a coragem da sua personagem.
Sem ser melodramático ou excessivo, o filme cumpre magnificamente essa função. O exemplo maior será talvez a interpretação de Don Cheadle, que, sobriamente, exprime de forma notável o conflito, o medo, a dor e a coragem da sua personagem.
Paul Rusesabagina: I am glad that you have shot this footage and that the world will see it.
It is the only way we have a chance that people might intervene.
Jack: Yeah and if no one intervenes, is it still a good thing to show?
Paul Rusesabagina: How can they not intervene when they witness such atrocities?
Jack: I think if people see this footage they'll say,
"oh my God that's horrible,"
"oh my God that's horrible,"
and then go on eating their dinners.
[pause]
Jack: What the hell do I know?
Comovente e agressivo, Hotel Rwanda pauta ainda pela crítica à atitude da comunidade internacional, cega e cobarde, escondida entre artifícios, burocracia e indiferença. Basta lembrar-mo-nos dos discursos de Paul, o jornalista, ou do coronel Olivier, dois bastiões de esperança que célere e desamparadamente se esmorecem, face à inércia do Mundo.
Esse que desviou o olhar, que continuou a comer ou que até mudou de canal; esse Mundo que partiu, resguardado das lágrimas e gritos de quem abandonou à barbárie e ao terror.
Sem comentários:
Enviar um comentário