Amor entre galáxias. Amor que desafia o espaço-tempo, amor que cria “wormholes”, amor que persiste e luta por entre a vastidão do universo (in)finito.
Em “Interstellar”, o amor é a força motora. Uma viagem intergaláctica e multidimensional (literal e metaforicamente, acrescento) que, na sua luta por sobrevivência, se redime pelo amor. Pois se é verdade que a construção visual da sua premissa é hipnoticamente exímia, pois se as questões e hipóteses científicas que levanta nos intrigam e estimulam, não há dúvidas que é a componente emocional da sua narrativa que notoriamente nos prende ao ecrã. Se a visão do Gargantua ou a passagem pelo wormhole nos fascinam, são o desespero e a perseverança de Cooper que verdadeiramente nos comovem. As suas lágrimas são tanto ou mais impressionantes que os hercúleos tsunamis do planeta aquoso. E isso diz-me muito. Não com tanta elegância ou eloquência como outros o poderão fazer, mas nem por isso com menos significado ou sentimento.
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