28 fevereiro 2010

Movies Mash-Up...by Empire















Música no Coração (II)


Led Zeppelin: Stairway to Heaven
Led Zeppelin IV (1971)






Ainda estou a descobrir estes senhores... Mas esta música (sim, eu sei que é bastante conhecida ou mesmo icónica) já se alojou no meu coração! Desde a voz expressiva, arranhada e melodiosa de Robert Plant aos acordes tão selvagens como delicados de Jimmy Page, são vários os motivos que me fazem gostar e enternecer e reflectir com "Stairway to Heaven"...

27 fevereiro 2010

Momentos (IV)...


Van Helsing: She lives beyond the grace of God, a wanderer in the outer darkness. She is "vampyr", "nosferatu". These creatures do not die like the bee after the first sting, but instead grow strong and become immortal once infected by another nosferatu.
So, my friends we fight not one beast but legions that go on age after age after age, feeding on the blood of the living
.





Mina: I want to be what you are, see what you see, love what you love.
Dracula: Mina, to walk with me you must die to your breathing life and be reborn to mine.
Mina: You are my love... and my life, always.

Dracula: Then, I give you life eternal. Everlasting love. The power of the storm. And the beasts of the earth. Walk with me to be my loving wife, forever.


24 fevereiro 2010

Nine


“Nine” deixou-me dividida… a nível visual é absolutamente deslumbrante e possui actuações fortes (e verdadeiramente surpreendentes!), mas por outro lado fiquei com a sensação que podia ter sido melhor desenvolvido.

“Nine” centra-se na crise criativa e pessoal que Guido Contini, um aclamado realizador italiano, atravessa no momento de fazer o seu próximo filme. E nas mulheres da sua vida…

É na interpretação de Daniel Day-Lewis que está um dos grandes, senão o maior (neste caso, aliada às interpretações de Penélope Cruz e Marion Cotillard) trunfo deste musical: cantar poderá não ser bem a sua especialidade (no entanto até aqui a sua prestação nos surpreende!) mas Day-Lewis entrega-se sempre de corpo e alma e, assim, sentimos bem o desespero e agonia do seu Maestro, egocêntrico e irresistível!


Refiro igualmente Penélope Cruz e Marion Cotillard, deveras inesquecíveis, ainda que por motivos diferentes.

“A Call from the Vatican” é inebriante, é fogoso: Penélope é puro desejo, é pura sedução, é pura luxúria, é pura paixão!


Por outro lado, Marion Cotillard é delicada e inocente, na pele da destroçada mulher de Guido, num desempenho bastante emocional, e sempre charmant!



“Nine” é visualmente arrebatador, contagiando-nos com os seus cenários, coreografias e momentos musicais, de que são exemplos maiores “Be Italian”, “A Call from the Vatican” e “Cinema Italiano”!

Contudo, peca nalguns aspectos, não conseguindo ser tão bom quanto poderia ser. Por momentos achei-o algo desequilibrado, principalmente no seu ritmo e nalgumas transições (por exemplo, acho que o número de Kate Hudson ficaria melhor na primeira parte do filme). E é uma pena que Judi Dench e Sophia Loren não tenham o destaque que mereciam: foi um prazer ver a prestação (mesmo que pequena) de Loren, deusa do cinema italiano, e a Dame Judi Dench é um exemplo de classe e graça!

Apesar dos seus defeitos, “Nine” não nos deixa indiferente e entusiasma-nos com o seu glamour e paixão! Um bom filme de que gostei bastante!

16 fevereiro 2010

BE ITALIAN!










"No wonder you can't direct a movie...You're too busy inventing your own life"




Crítica em breve...

Up in the Air


[Pode conter spoilers!]



“Up in the Air” começa exactamente aí: pelos ares, atravessando as nuvens, sobrevoando várias paisagens, ao som da fabulosa e vibrante “This Land Is My Land”, imprimindo-nos uma deleitável sensação de liberdade.

Liberdade é a quinta-essência de Ryan Bingham (interpretado por um subtil e magnífico George Clooney). O seu trabalho consiste em despedir outros, o que lhe permite viajar dum canto ao outro dos E.U.A, de empresa em empresa, de aeroporto em aeroporto. E assim, Ryan tornou-se, não só num perito em técnicas de downsizing, como igualmente um mestre neste estilo de vida: de facto, toda a sua vida cabe (orgulhosamente) numa pequena mala ou mochila, a sua casa é o conjunto de aeroportos e suites de hotel por que passa nos maravilhosos 300 e tal dias de trabalho (os restantes, de supostas férias, são um penoso sacrifício!) e a sua ambição é atingir o valor estratosférico de 10 milhões de milhas aéreas! Não será inesperado que surja uma atracção com o seu equivalente feminino, a profissional e decidida Alex Goran (Vera Farmiga, bela e natural), o que eleva ao expoente a satisfação que Ryan tem com o seu modo de vida… Até que o seu chefe decide “mantê-lo no chão”, seduzido pela enorme redução de custos que advém do plano proposto pela jovem e ambiciosa Natalie Keener (Anna Kendrick).

Estamos perante um excelente filme, com uma realização inspirada, um argumento (aparentemente) simples mas actual e surpreendente, interpretações fortes e uma banda sonora vibrante e reflexiva.




Clooney tem uma composição brilhante: se numa primeira parte nos deslumbra com todo o seu charme e carisma, posteriormente surpreende-nos com a vulnerabilidade e incerteza que a sua personagem sofre, arrancando uma das melhores interpretações que lhe conheço!

No entanto, é Anna Kendrick a grande revelação, constituindo, juntamente com Clooney, a alma e força do filme! A sua Natalie Keener, ambiciosa, contudo, inexperiente, tem tanto de caricato como de ingénuo e enternecedor! É através dela, do crescimento da sua personagem, por meio de acções e (in)decisões, que muitos dos acontecimentos se desenvolvem, que o filme cresce!






“Up in the Air”encaixa-se muito bem no presente clima de crise e incerteza económica. Aborda esse tema de uma forma bastante interessante e peculiar, ao ter como ponto de partida a personagem de Clooney e o seu trabalho como “downsizer”. Quando se foca nos desempregados (muitos deles são reais), sentimos o seu desalento, o seu desespero, a sua solidão ao terem que se encontrar e começar de novo.

A solidão é, de facto, o objecto subtil desta obra de Jason Reitman. E quem a carrega, senão Ryan Bingham? O homem que se gaba de e prega uma vida sem laços e sem compromissos, sejam afectivos, sejam materiais, acaba por se aperceber que está irremediavelmente só. E George Clooney é absolutamente magistral nesta reviravolta!

“Up in the Air” termina como começa: pelos ares. Mas não com os mesmos sentimentos de bem-estar ou liberdade que experimentámos inicialmente. Esses deram lugar a alguma resignação e tristeza (arrisco dizer) da parte do protagonista, mas também nossa.
E quando as nuvens se evaporam no negro do ecrã, somos conquistados com o testemunho cantado, simultaneamente sombrio e esperançoso, de Kevin Renick, ao longo dos créditos finais deste filme excepcional e sublime!

14 fevereiro 2010

P.S. I Love You


É uma comédia romântica com um ponto de partida invulgar que se desenvolve de forma fluida e interessante, nada previsível! E isso é um enorme ponto a favor!

Tanto Hillary Swank como Gerald Butler são competentes e cativantes nas suas interpretações: é apelativo ver Swank em algo diferente do que nos habituou e Butler é, como sempre, bastante charmoso! Ambos funcionam bem neste registo! Temos igualmente bons secundários, como Kathy Bates e Lisa Kudrow.

Não sendo um grande filme, é agradável, divertido e bastante romântico! E isso acaba por ser suficiente para o tornar numa peça de bom entretenimento!

13 fevereiro 2010

Momentos (III)...



[SPOILER de "Watchmen"]









Rorschach:
Rorschach's Journal: October 12th, 1985.
Tonight, a comedian died in New York.







Rorschach:
I heard a joke once: Man goes to doctor. Says he's depressed. Says life is harsh and cruel. Says he feels all alone in a threatening world.
Doctor says, "Treatment is simple. The great clown Pagliacci is in town tonight. Go see him. That should pick you up."
Man bursts into tears. Says, "But doctor... I am Pagliacci."
Good joke. Everybody laugh. Roll on snare drum. Curtains.



Edward Blake: Once you realize what a joke everything is,
being the Comed
ian is the only thing that makes sense.



Comentário a "Watchmen" aqui.

11 fevereiro 2010

Invictus



Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

William Ernest Henley, Book of Verses: Life and Death (Echoes)

“Invictus” é, acima de tudo, uma comovente, inspiradora e belíssima homenagem a Nelson Mandela.

Não segue o biopic normal. Centra-se no episódio da Taça do Mundo de Rugby de 1995, no qual Mandela, recém-eleito presidente, reúne esforços com François Pinnear, capitão dos Springboks (selecção nacional de râguebi de África do Sul), com o objectivo de vencer a Taça Mundial e conseguir assim a união e reconciliação do país, ainda destroçado pelas feridas profundas do apartheid.

E posto desta forma, até pode parecer que estamos perante um filme simples…mas não é claramente o caso! Pois o que ele transmite, ultrapassa o simples, o comum! É o reflexo do espírito de Nelson Mandela: a sua visão, a sua tolerância, a sua grandeza e a sua humanidade!

Morgan Freeman é um senhor: a sua interpretação é soberba, encarnando completamente Mandela, tanto a nível do aspecto físico ou pronúncia, como na capacidade de emanar a aura de um grande líder.

Matt Damon é competente na pele de François Pinneaar, assumindo-se como um grande secundário. Destaco a cena em que a equipa visita a prisão de Robben Island e Pinneaar fita, em choque e tristeza, a cela que manteve Mandela cativo durante quase 30 anos.

“Invictus” possui uma imensa carga humana e é essa humanidade (e também com ela) que Clint Eastwood filma, ao evocar a sabedoria, magnanimidade e discernimento que tornaram Nelson Mandela um verdadeiro líder, um herói humano!

Pode não ser um dos melhores filmes de Eastwood, mas é certamente uma magnífica e impressionante história que merece ter sido transposta para a tela! E, por isso, agradeço-lhes!




Tributo a Mandela



Celebram-se hoje os 20 anos da libertação de Nelson Mandela!

Um símbolo de coragem e de luta pela liberdade, um líder!




"Uma lenda fica maior e não mais pequena quando se torna humana."

Fitan O' Toole , ensaísta irlandês, em homenagem a Mandela

06 fevereiro 2010

Música no Coração (I)


Bohemian Rhapsody - Queen

A Night At the Opera (1975)







Riquíssima a nível lírico e melódico, é uma miscelânea de sons e estilos, conjugando segmentos de hard rock, balada e ópera, num videoclip também já por si inovador!

É, para mim, uma música eterna de uma banda eterna!

02 fevereiro 2010

Rosa Lobato Faria (1932-2010)


A escritora, actriz e compositora Rosa Lobato Faria faleceu hoje, aos 77 anos.

Deixa um enorme legado como escritora de romances ("O Pranto de Lúcifer", "Os Pássaros da Seda", "O Prenúncio das Águas", "A Alma Trocada"...) e poesia ("Os Deuses de Pedra", "As Pequenas Palavras", "Poemas Escolhidos e Dispersos", "A Gaveta de Baixo"), mas também de peças de teatro e argumentos de televisão.
Escreveu ainda várias letras para canções, como "Chamar a Música", "Amor de Água Fresca", "Baunilha e Chocolate" e "Antes do Adeus".
Como actriz, participou em "Vila Faia", "Humor de Perdição" com Herman José e "Tráfico" e "A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos da América" de João Botelho.


Pelo rio do meu corpo
o barco à vela dos olhos

in "Poemas Escolhidos e Dispersos"

Os Intérpretes, O Mestre, O Texto, A Música, A Imagem e todos os Outros!

E passo a anunciá-los:

Melhor Actor num Papel Principal

Jeff Bridges (Crazy Heart)
George Clooney (Up in the Air)
Colin Firth (A Single Man)
Morgan Freeman (Invictus)
Jeremy Renner (The Hurt Locker)

Melhor Actriz num Papel Principal

Sandra Bullock (The Blind Side)
Helen Mirren (The Last Station)
Carey Mulligan (An Education)
Gabourey Sidibe (Precious: Based on the Novel Push by Sapphire)
Meryl Streep (Julie & Julia)

Melhor Actor num Papel Secundário

Matt Damon (Invictus)
Woody Harrelson (The Messenger)
Christopher Plummer (The Last Station)
Stanley Tucci (The Lovely Bones)
Christoph Waltz (Inglourious Basterds)

Melhor Actriz num Papel Secundário

Penélope Cruz (Nine)
Vera Farmiga (Up in the Air)
Maggie Gyllenhaal (Crazy Heart)
Anna Kendrick (Up in the Air)
Mo'Nique (Precious: Based on the Novel Push by Sapphire)

Melhor Realizador

Kathryn Bigelow (The Hurt Locker)
James Cameron (Avatar)
Lee Daniels (Precious: Based on the Novel Push by Sapphire)
Jason Reitman (Up in the Air)
Quentin Tarantino (Inglourious Basterds)

Melhor Argumento Original

The Hurt Locker: Mark Boal
Inglourious Basterds: Quentin Tarantino
The Messenger: Oren Moverman, Alessandro Camon
A Serious Man: Joel Coen, Ethan Coen
Up: Bob Peterson, Pete Docter

Melhor Argumento Adaptado

District 9: Neill Blomkamp, Terri Tatchell
An Education: Nick Hornby
In the Loop: Jesse Armstrong, Simon Blackwell, Armando Iannucci, Tony Roche
Precious: Based on the Novel Push by Sapphire: Geoffrey Fletcher
Up in the Air: Jason Reitman, Sheldon Turner

Melhor "Cinematografia"(?)

Avatar: Mauro Fiore
Das weisse Band - Eine deutsche Kindergeschichte: Christian Berger
Harry Potter and the Half-Blood Prince: Bruno Delbonnel
The Hurt Locker: Barry Ackroyd
Inglourious Basterds: Robert Richardson

Melhor Banda Sonora

Avatar: James Horner
Fantastic Mr. Fox: Alexandre Desplat
The Hurt Locker: Marco Beltrami, Buck Sanders
Sherlock Holmes: Hans Zimmer
Up: Michael Giacchino

Melhor Canção

Crazy Heart: T-Bone Burnett, Ryan Bingham("The Weary Kind")
Faubourg 36: Reinhardt Wagner, Frank Thomas("Loin de Paname")
Nine: Maury Yeston("Take It All")
The Princess and the Frog: Randy Newman("Down in New Orleans")
The Princess and the Frog (2009): Randy Newman("Almost There")

Melhor Filme Estrangeiro

Ajami: Scandar Copti, Yaron Shani(Israel)
Das weisse Band - Eine deutsche Kindergeschichte: Michael Haneke(Germany)
El secreto de sus ojos: Juan José Campanella(Argentina)
Un prophète: Jacques Audiard(France)
La teta asustada: Claudia Llosa(Peru)

A lista completa de todos os nomeados pode ser vista em: http://oscars.go.com

Fazendo um breve comentário, e para não me repetir, mantenho as considerações que fiz para os Globos de Ouros, ou seja, estou condicionada pelo facto de não ter visto todos os filmes nomeados e interpretações correspondentes...Atrevo-me apenas a sugerir o nome de Viggo Mortensen, por "A Estrada"...

Contudo, e porque o coração se está a sobrepôr a razão (o espírito crítico que me perdoe!), termino com este desabafo, ou melhor, desejo:


"Go Basterds!!!"

Os 10!


Directamente de Los Angeles, apresentam-se aqui os nomeados para "Melhor Filme":

Avatar

The Blind Side

District 9

An Education

The Hurt Locker

Inglourious Basterds

Precious: Based on the Novel Push by Sapphire

A Serious Man

Up

Up in the Air


Com a extensão para 10 nomeados, temos agradáveis surpresas como a inclusão do sci-fi "District 9" e do filme de animação "Up"!

A 82ª edição dos Óscares decorrerá no dia 7 de Março, no Kodak Theater.


Até lá...aceitam-se apostas!

Momentos (II)...



Juan Antonio: Maria Elena used to say that only unfulfilled love can be romantic.



Juan Antonio: We are meant for each other and not meant for each other. It's a contradiction.



Maria Elena: You're still searching for me in every woman.