28 fevereiro 2014

Momentos (XXII)







Connor: You need sortin' out, you do. 

Mia: So you keep sayin' 
But you're nothing to me, so why should I listen?




27 fevereiro 2014

Cinematograficamente Musicando (8)



Clint Eastwood

(Gorillaz - Gorillaz, 2001)





Bem, as referências cinematográficas não terminam no título da canção! Ouve-se um grito...é de alguém bom, mau ou vilão? Ou está a alertar-nos para o aviso que se segue, sobre uma madrugada de mortos-vivos? Protejam-se! Não querem arrastar-se, famintos, em morte cerebral!


25 fevereiro 2014

The World's End






Cinco amigos. Doze pubs. Um objectivo. E muitos problemas! Eis “The World’s End”,num resumo simplista! 

Ora, infelizmente, os problemas não se referem apenas aos desafios que este gang tem de enfrentar ao longo da sua épica e líquida aventura! Achei a história mal concretizada e dirigida: não me pareceu existir um equilíbrio consistente entre a “Golden Mile” e a invasão/dominação. Por outro lado, este capítulo final não possui nem o arrebatamento cómico de “Shaun of the Dead”, nem o seu tom sarcástico e corrosivo! Ainda assim, consegue alguns bons momentos de humor (a memória selectiva de Gary, a interacção entre o grupo, os possíveis nomes para bandas) e umas inspiradas e divertidas sequências de luta! 
“The World’s End” está longe de ser perfeito, pecando na sua ineficiência em conjugar de modo fluido a sua vertente de entretenimento com o desenvolvimento do lado mais sério da sua premissa. No entanto, ainda é capaz de nos arrancar umas boas gargalhadas e, mesmo não sendo plenamente satisfatório, pode bastar para alegrar um dia mais cinzento!


22 fevereiro 2014

American Hustle






Tão plástico como as perucas dos seus protagonistas, tão barato como os decotes das suas protagonistas, “American Hustle” é um engodo de pretensiosismo e falso estilo que rapidamente se desmorona face a um sofrível argumento e insignificantes interpretações. David O. Russel dirige um filme desinspirado e aborrecido, quer na construção da história, previsivelmente linear, quer no desenvolvimento das suas personagens, nas quais aparentemente só se investiu a nível da caracterização física. Lamentável.


12 fevereiro 2014

The Wolf of Wall Street







Deboche, deboche à velocidade da luz! “Cocaine and hockers!”, como brada a personagem de Matthew McConaughey, na sua breve mas verdadeiramente electrizante aparição. Sexo, drogas e especulação financeira! Bem-vindos, contemplem a louca, louca Wall Street, cortesia das memórias de Jordan Belfort! 





“The Wolf of Wall Street”, quinta colaboração entre Scorcese e DiCaprio, é uma trip (quase) sempre em alta e sem retorno, ao impressionante e sujo mundo da especulação financeira. Por entre uma montagem exuberante e inconstante, por entre extravagantes escolhas musicais, por entre uma linguagem agressiva e muitas vezes non-sense, por entre ousadas e até ridículas cenas de sexo, reconhecemos o génio e classe de Scorcese, que no âmago de tanta folia, arquitecta pois um retrato alucinante e ousado, mas nunca moralista, da ganância e corrupção humanas! E depois temos o senhor DiCaprio, prodigioso camaleão, incorporando de forma assombrosa a impetuosa mesquinhez, a apelativa excentricidade, a demolidora arrogância, o animado despotismo que a sua personagem adoptou como mantra! Uma composição de tal modo apaixonante que, mesmo sabendo a sua queda como inevitável e justa, é com fervor que por ele torcemos! Neste corrupio de excessos, destaco ainda o hilariante papel de Jonah Hill e a sedutora interpretação de Margot Robbie; o primeiro em excelente complemento cómico, a segunda, em presença fogosa e determinada! 





Sumptuoso, audaz e vertiginoso, “The Wolf of Wall Street” mantém-nos sequiosos das reviravoltas e esquemas deste lobo que nunca vestiu a pele de cordeiro, mas certamente nos arrebatou como um!


06 fevereiro 2014

Rush







Acho que um dos maiores elogios que posso dar a “Rush” é ter-me mantido, uma não-aficionada da Fórmula 1, completamente absorta e entusiasmada durante os seus 120 minutos! 

O argumento de Peter Morgan, que narra, a excitante ritmo, o trajecto de Niki Lauda e de James Hunt até ao lendário confronto no Campeonato Mundial de 1976, é apaixonante na forma como descreve a ardente e singular rivalidade existente entre os dois. Uma rivalidade que inspirava estas duas personagens antagónicas, exemplarmente interpretadas por Daniel Bruhl e Chris Hemsworth! Bruhl, indubitavelmente carismático, transmite de maneira irrepreensível a disciplina e precisão de Lauda; já Hemsworth é esplêndido no retrato do indomável playboy Hunt! Por outro lado, todo o ambiente e caracterização exalam autenticidade e é assim, de forma visceral e arrebatadora, que Ron Howard nos transporta para os meandros desta época dourada da F1.

“Rush”, sóbrio e sedutor, impõe-se audaciosamente pela extraordinária química entre a dupla de protagonistas, a qual, acima da excelente “mise-en-scène”, lhe confere aguerridamente fidelidade e alma!