31 janeiro 2010

Momentos (I)...



Larry: You think because you don't love us, or desire us,
or even like us, you think you've won.


Alice: It's not a war.

Maria João Pires nomeada para Grammy


A pianista está nomeada na categoria de Melhor Interpretação Solista, pela edição do álbum "Chopin".
Esta é a primeira nomeação para um artista português.

A cerimónia dos Grammy terá lugar esta noite em Los Angeles, sendo transmitida em directo pelo AXN e pela Antena 3.

Fica o desejo que o "gramofone dourado" celebre o grande talento de Maria João Pires!

30 janeiro 2010

Wonderland


Convido-vos a espreitar para a Wonderland (ou será Underland?) de Tim Burton, por meio dos seus peculiares e extraordinários habitantes!







Juntamo-nos à mesa em Março? ;)

28 janeiro 2010

Where The Wild Things Are




“Where The Wild Things Are” é, acima de tudo, um ternurento hino à infância!

Spike Jonze concebe um filme fantástico e maravilhoso, adaptado do livro infantil homónimo de Maurice Sendak, construído sob 3 pontos bastantes fortes:

  • As “Coisas Selvagens”, criadas pelo estúdio dos Marretas, que nos surgem como monstros felpudos e gigantes, de olhos meigos e espírito muito imprevisível. Têm os seus desejos, os seus sonhos, as suas brincadeiras e as suas brigas, como se de crianças se tratassem… Mas procuram continuamente um líder que os oriente…
  • A interpretação bem sucedida e surpreendente de Max Records, na pele de Max, um miúdo indisciplinado e algo incompreendido, que se refugia no seu próprio mundo de imaginação, em busca de companhia e atenção…E os actores que dão voz às Coisas Selvagens, como James Gandolfini e Catherine O´Hara…
  • Uma banda sonora contagiante e íntima que nos transporta, por um lado, para o mundo das “Coisas Selvagens” e, por outro, para as memórias da nossa infância!

No entanto, tive por vezes a sensação que o filme se arrastou um pouco, transparecendo alguma dificuldade em desenvolver algumas situações.
Mas não achei que isso o prejudicasse verdadeiramente e, de facto, foi um filme que gostei imenso de ver!

Constitui uma bela e maravilhosa fábula! Recorda-nos como é bom ser criança: toda a inocência, toda a alegria, todas as brincadeiras e histórias! Mas acabamos por nos aperceber que nem no mundo da imaginação, ou da própria infância, temos ou somos tudo aquilo que desejámos… Não conseguimos escapar ao confronto com os nossos medos e defeitos, tal como Max aprende ao longo da sua viagem… As “Coisas Selvagens” estão dentro de nós e, para crescermos, temos que as enfrentar…

Douglas: Will you keep out all the sadness?
Max: I have a sadness-shield that keeps out all the sadness, and it's big enough for all of us.

Carol: It's going to be a place where only the things you want to happen, would happen.
Max: We could totally build a place like that!

Judith: Happiness isn't always the best way to be happy.

27 janeiro 2010

Auschwitz: 65 anos

Hoje, dia 27 de Janeiro de 2010, contam-se 65 anos da libertação do campo de concentração/extermínio de Auschwitz.

Imagens retiradas de http://www.auschwitz.org.pl/

Que a memória do Holocausto nunca se perca!

26 janeiro 2010

Tim Burton em Cannes!


Tim Burton vai ser o presidente do júri oficial da 63ª Edição do Festival de Cannes, a decorrer de 12 a 23 de Maio.

O realizador afirmou: "(...) Quando se pensa em Cannes, pensa-se no cinema mundial. E como os filmes sempre foram como sonhos para mim, isto é um sonho tornado realidade!"

Nas palavras inspiradas do presidente do Festival, Giles Jacob: "(..) Um realizador com coração de ouro e mãos de prata, Tim Burton é, acima de tudo, um poeta. Esperamos que a sua doce loucura e humor gótico invadam a Croisette..."

24 janeiro 2010

SAG: Os Vencedores





Para meu grande contentamento, os Screen Actors Guild Awards premiaram:

  • o elenco de "Inglorious Basterds" como o elenco com a melhor performance!
  • Christoph Waltz como o melhor actor secundário!

Viva Tarantino! Viva Christoph Waltz! Viva "Inglorious Basterds"! :D


A lista dos vencedores e restantes nomeados pode ser vista em: http://www.imdb.com/features/rto/2010/sags

20 janeiro 2010

The Road


Quando as luzes se acenderam, senti-me perturbada, desconfortável … Mas não o digo como algo negativo, antes pelo contrário!

“A Estrada”, adaptado do romance de Cormac McCarthy, relata a luta pela sobrevivência de um pai e do seu filho num mundo pós – apocalíptico. Para o conseguirem, têm que percorrer a estrada que os levará até ao sul, até à costa, onde reside uma possível (mas presumivelmente ilusória) esperança.

Estamos perante um filme tão arrepiante como belo, tão incómodo como soberbo! As interpretações de Viggo Mortensen e de Kodi Smit - McPhee são totalmente irrepreensíveis e marcantes, transmitindo todo o desespero, toda a dor e angústia das personagens! A fotografia, sublime e memorável, dominada por tons cinzentos e depressivos, confere uma beleza contraditória às imagens de um mundo completamente devastado, já quase sem vida! Por último, a música, de Nick Cave e Warner Ellis, é igualmente envolvente e desconcertante!

“A Estrada” não é um filme sobre o apocalipse. Este já aconteceu. Não sabemos as suas causas, não temos heróis que salvem o planeta no último momento. Só assistimos (e sentimos) às suas consequências. Vemos apenas um pai e um filho, apenas o “Homem” e o “Rapaz”, que já não são nada ou então são tudo menos meros sobreviventes. Percorrem a estrada, assombrada pelo frio, pela fome, pelo perigo, pelo canibalismo e pela morte, mas ainda têm a sua humanidade e, acima de tudo, o amor que os une e os impulsiona a seguir. Porque o fio condutor de “A Estrada” é na verdade a relação entre pai e filho, as decisões que têm que tomar e os inevitáveis confrontos entre os dois, durante o seu interminável, agonizante e incerto percurso.

“A Estrada” é um autêntico murro no estômago. Choca-nos, é perturbador, doloroso, difícil de se ver. Não só pelo horror do que de facto vemos, mas também por aquilo que sentimos e pensamos, ao longo da reflexão que se torna necessária durante e após o filme.
Um filme magistral e imperdível!

18 janeiro 2010

Globos de Ouro: Os Vencedores

Os meus desejos não se cumpriram, excepto no caso de Christoph Waltz, merecidíssimo!

Devo acrescentar que os desejos pedidos eram inspirados em paixões, naturalmente irracionais e subjectivas! Isto porque, de facto, não vi ainda a maioria dos filmes nomeados e consequentes interpretações, ou por não terem ainda estreado em Portugal, ou por falta de oportunidade ou por opção... Por isso, escrevi na mensagem anterior desejos, e não previsões, as quais me seriam então impossíveis de fazer, pelo menos com o espírito crítico e objectivo necessário!

Sendo assim, fazendo um breve comentário aos vencedores da noite:

Apesar de ter gostado imenso de "Avatar", como podem ler na minha crítica, não me parece muito justa a atribuição de Melhor Filme Dramático... Dos outros filmes nomeados, vi apenas "Inglorious Basterds", mas logo aí nota-se qualquer coisa errada: "Inglorious Basterds" é, para mim, claramente superior a "Avatar", seja pelo argumento, realização ou interpretações... Penso que "Up in the Air" seria o favorito, pelo menos pelas críticas favoráveis que já ouvi...

Quanto às interpretações, não me vou pronunciar, uma vez que não tenho uma base que seja que me permita fazê-lo! Excepto para Christoph Waltz, um justíssimo vencedor, apesar de não ter visto as interpretações dos outros nomeados, mas a sua interpretação foi tão fenomenal e brilhante que me custa acreditar que este ano tenha havido algo que a supere!

Fiquei muito contente de "The Hangover" ter ganho melhor filme de Comédia, porque se trata de uma excelente, atrevida e diferente comédia, que eu adorei ver!

Quanto às categorias televisivas, "Dexter" foi o grande vencedor nas interpretações e "Mad Men" na Melhor Série Dramática! Fiquei desapontada por "True Blood", mas tal como no Cinema, não acompanho todas as séries nomeadas, por isso não posso classificar as decisões como justas ou não...

Como conclusões da noite:

- São urgentes idas ao cinema! Quero conseguir ver estes belos filmes!
-Ver se começo a seguir "Mad Men" e "Glee"!

Que o bom Cinema e Televisão vos acompanhe!

17 janeiro 2010

Desejos para uma noite áurea



Que Tarantino e o seu bando de “Inglorious Basterds” triunfem magistralmente! E que Christoph Waltz tenha tudo menos um papel secundário!

Que “True Blood” e Anna Paquin conquistem os cobiçados troféus!

15 janeiro 2010

O Senhor dos Anéis



E assim começa a mais fantástica, emocionante, comovente, perigosa, genial e bela epopeia de sempre!

Esta é, para mim, um dos momentos mais especiais da saga: conseguiu prender-me imediatamente à história e a narração de Galadriel (Cate Blanchett) confere-lhe um tom ainda mais intemporal e mágico!

Apenas um dos motivos que fazem de "O Senhor dos Anéis" um dos filmes da minha vida!

12 janeiro 2010

Avatar



“Avatar” é um espectáculo visual por excelência: James Cameron criou um admirável e esplendoroso mundo novo, de uma imaginação sem limites!
Pandora é de uma beleza indescritível, gloriosa, mágica e inspiradora, de tal forma que me apeteceu saltar para dentro do ecrã e explorar tão tentador lugar! Senti-me totalmente transportada para as suas deslumbrantes e exóticas, mas igualmente perigosas, florestas tropicais, preenchidas por uma fauna e flora simultaneamente belas e hostis! Quis voar nas “Mountain Banshee”, majestosas criaturas aladas, à volta das imponentes montanhas suspensas que me maravilharam! De facto, desejei realmente tornar-me numa Na’vi, nem que tal esfusiante ilusão durasse apenas até à saída da sala do cinema!
Gostei imenso da caracterização do povo Na’vi, quer a nível físico, quer a nível psicológico e cultural! Os Na’vi surgem como criaturas humanóides esbeltas e belas, com traços felinos e selvagens mas simultaneamente delicados! O seu modo de vida e herança cultural regem-se por uma profunda relação espiritual de respeito, compreensão e igualdade para com a Natureza e todos os seres, venerando Eywa, a deusa – mãe! Uma das cenas mais bonitas e tocantes do filme corresponde exactamente à visão da Árvore da Vida, puros espíritos de tons fluorescentes…

Por tudo isto, “Avatar” constitui um assombroso, revolucionário e magnifico deleite visual! Quanto ao argumento em si, não será proporcionalmente inovador e poderá pecar por alguns clichés, mas na minha opinião isso não diminui o filme. “Avatar”é uma bela história de amor e transmite uma mensagem de preservação ecológica, cada vez mais importante actualmente: logo, será assim tão errado ou desnecessário insistir em tão dois poderosos temas? O que posso dizer é que o filme me emocionou… e não só pela sua componente visual! Assim, torci pelo amor de Jake e Neytiri, apaixonei-me e sofri ao longo da sua história! E claro, quis juntar-me à batalha pela sobrevivência de Pandora!

A nível de interpretações, penso que o par protagonista, Sam Worthington e Zoe Saldana, é arrebatador e expressivo, mesmo quando mascarados pelo digital. Zoe Saldana, permanentemente na pele de Neytiri, é simplesmente inesquecível!

A banda sonora é belíssima, genialmente contagiante! A música final, “I See You”, que acompanha os créditos finais, ainda me comove cada vez que a ouço!

Concluindo, a criatividade e imaginação, assim como a dedicação e esforço, de James Cameron são de louvar! Tenha-se gostado ou não do filme, não se pode negar que é uma experiência cinematográfica visualmente inovadora e avassaladora, no mínimo! Eu adorei “Avatar”, por isso, para mim, foi duplamente entusiasmante e encantador! Um dos melhores filmes de 2009!


P.S.: não inclui “Avatar” na minha lista de filmes da década simplesmente porque até a essa altura ainda não o tinha visto. Agora, está definitivamente nesse conjunto de obras que me marcaram ao longo dos anos!

02 janeiro 2010

The Devil Wears Prada (O Diabo Veste Prada)


Meryl Streep é absolutamente irrepreensível no seu papel de editora - chefe DA revista de moda “Runaway”, apresentando-nos uma mulher poderosa, fria, cínica, implacável, calculista e arrogante! As suas expressões, os seus trejeitos, o seu modo de falar, tudo é perfeito!
Anne Hathaway é também cativante, com o seu ar ingénuo, doce e totalmente despreocupado com o mundo crítico e competitivo da moda (pelo menos numa fase inicial…mais não digo para não estragar o filme a quem não o viu!).
Assim, o confronto e a relação entre estas duas personagens oferecem-nos bons momentos de entretenimento e comédia!
Tratando-se de um filme sobre o mundo da moda, não podiam faltar os glamorosos e belos “ensembles” da alta-costura, visões de luxo e charme!

Concluindo, gostei do filme! É divertido e interessante, podendo ser um pouco previsível no final, mas não perde por isso! E é sempre um prazer ver Meryl Streep!

Bee Movie (A História de uma Abelha)


Gostei bastante do filme! É uma história com uma mensagem ecológica bastante significativa e também de tolerância e esforço, transmitida de uma forma genialmente divertida e emocionante! Não é apenas um filme para crianças!
A caracterização e design do filme são fantásticos: tudo parece bastante real, tudo brilha com as cores alegres e vivas da colmeia, das flores, da Natureza! Na versão em português, a voz de Barry está ao cargo de Nuno Markl, que faz um excelente trabalho, oferecendo-nos uma personagem irreverente, ingénua, idealista, corajosa! No entanto, continuo com curiosidade de ver a versão original, pois acho que se perde sempre algo com a tradução!

“A História de uma Abelha” é assim um filme de excelente comédia, frenético e visualmente hipnotizante, com diálogos e situações hilariantes!