28 janeiro 2010

Where The Wild Things Are




“Where The Wild Things Are” é, acima de tudo, um ternurento hino à infância!

Spike Jonze concebe um filme fantástico e maravilhoso, adaptado do livro infantil homónimo de Maurice Sendak, construído sob 3 pontos bastantes fortes:

  • As “Coisas Selvagens”, criadas pelo estúdio dos Marretas, que nos surgem como monstros felpudos e gigantes, de olhos meigos e espírito muito imprevisível. Têm os seus desejos, os seus sonhos, as suas brincadeiras e as suas brigas, como se de crianças se tratassem… Mas procuram continuamente um líder que os oriente…
  • A interpretação bem sucedida e surpreendente de Max Records, na pele de Max, um miúdo indisciplinado e algo incompreendido, que se refugia no seu próprio mundo de imaginação, em busca de companhia e atenção…E os actores que dão voz às Coisas Selvagens, como James Gandolfini e Catherine O´Hara…
  • Uma banda sonora contagiante e íntima que nos transporta, por um lado, para o mundo das “Coisas Selvagens” e, por outro, para as memórias da nossa infância!

No entanto, tive por vezes a sensação que o filme se arrastou um pouco, transparecendo alguma dificuldade em desenvolver algumas situações.
Mas não achei que isso o prejudicasse verdadeiramente e, de facto, foi um filme que gostei imenso de ver!

Constitui uma bela e maravilhosa fábula! Recorda-nos como é bom ser criança: toda a inocência, toda a alegria, todas as brincadeiras e histórias! Mas acabamos por nos aperceber que nem no mundo da imaginação, ou da própria infância, temos ou somos tudo aquilo que desejámos… Não conseguimos escapar ao confronto com os nossos medos e defeitos, tal como Max aprende ao longo da sua viagem… As “Coisas Selvagens” estão dentro de nós e, para crescermos, temos que as enfrentar…

Douglas: Will you keep out all the sadness?
Max: I have a sadness-shield that keeps out all the sadness, and it's big enough for all of us.

Carol: It's going to be a place where only the things you want to happen, would happen.
Max: We could totally build a place like that!

Judith: Happiness isn't always the best way to be happy.

1 comentário:

  1. Gostei do filme! é sempre bom lembrar a visão inocente de uma criança que tem de lidar com um mundo em constante mudança...

    em comparação, lembra-me um grande psicólogo e compositor, Carlos T, responsável por alguns dos maiores sucessos do Rui Veloso. Tais músicas falam exactamente de um mundo em constante mudança e como os mais jovens encaram o mundo segundo a sua perspectiva. Um exemplo disso é a música 'não há estrelas no céu'.

    gostei do filme e do teu resumo super elucidativo com que nos brindas neste blog!

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