16 abril 2011

The Kids Are Alright





Sometimes, I feel I gotta get away
Bells chime, I know I gotta get away
And I know if I don't, I'll go out of my mind
Better leave her behind with the kids, they're alright
The kids are alright

(The Kids Are Alright, The Who)



E no fim, os miúdos estão bem. Possivelmente…

Se há um aspecto a louvar em “The Kids Are Alright”, é a sua abordagem à homossexualidade. Ou a ausência de abordagem, melhor dizendo. Porque esta surge como uma realidade, como uma vivência que devia ser já algo universal. Não vemos apenas um casal lésbico, vemos uma família. Amada, feliz, com momentos tão harmoniosos quanto atribulados, ou não existissem dois filhos adolescentes em plena batalha com as convulsões do crescimento e identidade em fúria. E é nessa busca de identidade que tudo se precipita, a partir do momento em que o “dador de esperma/pai” surge. Levantam-se dúvidas, criam-se laços, conflitos mergulham tudo e todos num caos emocional.

Com um argumento bem construído, Lisa Cholodenko assina um filme agradável e seguro, onde Julianne Moore e Mark Ruffalo brilham e Mia Wasikowska prova ser mais que a “burtoniana” Alice. Não me entusiasmou verdadeiramente mas afirma-se como uma competente surpresa do passado ano.

3 comentários:

  1. Concordo perfeitamente com o que dizes sobre a "abordagem à homossexualidade", que neste caso é, como muito bem sublinhas, a ausência dela. É esse o ponto forte do filme - um drama genuinamente familiar, assente sobre as bases que vemos, outrora tão controversas.

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  2. Gostei imenso do teu texto, concordo totalmente contigo. E o filme está muito bom, conta com grandes interpretações.

    Sarah
    http://depoisdocinema.blogspot.com

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  3. Diogo e Sarah, não podíamos estar mais de acordo! ;)

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