30 julho 2010

Em Férias!



Depois de encerrado, finalmente, mais um semestre e, consequentemente, mais um ano lectivo...

Depois de 2 semanas trabalhosas no meio de medicamentos...

Vou agora gozar o sol à beira-mar!


Por isso, o meu cantinho também ficará em repouso! Os comentários continuarão a ter resposta, contudo, da minha parte não deverão ser publicados novos textos.



Boas férias a todos!


António Feio (1954-2010)




Faleceu ontem, vítima de cancro do pâncreas, António Feio, actor e encenador.

Para a memória ficarão "A Conversa da Treta", uma vida de teatro e comédia e também os filmes "Sorte Nula" e "Filme da Treta".


E a sua força e esperança inspiraram-nos a todos...



"Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento, agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer..."

24 julho 2010

Parabéns...Anna Paquin





Vencedora do Óscar de Melhor Actriz Secundária
em 1993, por "O Piano"





Rogue, na saga "X-Men"




Sookie Stackhouse, em "True Blood"


(As) Simetrias [2]



Os Simpsons já nos habituaram às suas
deliciosas homenagens à 7ª Arte!


Desde os títulos dos episódios...


"The Crepes of Wrath" (1.11)

"Dead Putting Society" (2.6)

"Homer Alone" (3.15)

"A Streetcar Named Marge" (4.2)

"Cape Feare" (5.2)

(...)



...às cenas inspiradas em filmes...





PSYCHO

Itchy and Scratchy and Marge (2.9)




THE GRADUATE

Lisa's Substitute (2.19)

Participação especial de Dustin Hoffman




CLOCKWORK ORANGE

Treehouse of Horror III (4.5)






THE SHINING

Treehouse of Horror V (6.6)



The Mission



A Missão.

Um espaço físico.

Um símbolo de esperança e de humanidade.

Um caminho de redenção.



“A Missão” retrata o tema das missões jesuíticas na América do Sul, no século XVIII, com o intuito de cristianizar os nativos indígenas, e da ameaça da sua destruição pelos reinos de Espanha e Portugal, nações esclavagistas que pretendem dominar todo o território.


Altamirano: "Your Holiness, a surgeon to save the body must often hack off a limb. But in truth nothing could prepare me for the beauty and the power
of the limb that I had come here to sever."



Somos de imediato atordoados pela beleza virgem e intocável das paisagens sul-americanas, desde o vigor das cataratas à quietude da selva, e pela espiritualidade da banda sonora de Ennio Morricone, deveras inspiradora e etérea. Aliás, a música tem um significado bastante especial e poderoso ao longo do filme, actuando como um meio de integração, por exemplo, numa das cenas mais bonitas e enternecedoras do filme.
Saliento ainda as excelentes e sensíveis interpretações de Jeremy Iron e de Robert De Niro.


Altamirano: Tell them they must leave the missions. They must submit to the will of God. Gabriel: They say it was the will of God that they came out of the jungle and built the mission. They don't understand why God has changed his mind.


Em “A Missão”, está presente uma crítica forte e pungente à política colonizadora de Espanha e Portugal, os “senhores do mundo”. Somos confrontados com a sua pequenez, a sua cobiça e arrogância e, por último, com a sua barbárie! Impérios construídos pela violência e massacre, em nome de um Deus que aparentemente só existe para servir os interesses dos ditos civilizadores, contudo verdadeiros exemplos de cinismo, ignorância e pobreza!


Hontar: We must work in the world, your eminence. The world is thus. Altamirano: No, Señor Hontar. Thus have we made the world... thus have I made it.

15 julho 2010

Momentos (X)




Yo, ho, yo, ho/ a pirate's life for me/ Yo, ho, yo, ho/
it's a pirate's life for me/drink up me hearties, yo, ho...





Son, I'm Captain Jack Sparrow. Savvy?


13 julho 2010

The Ice Storm






Paul Hood:
[narration] In issue 141 of the Fantastic Four, published in November, 1973, Reed Richards had to use his anti-matter weapon on his own son, who Aannihilus has turn into the Human Atom Bomb. It was a typical predicament for the Fantastic Four, because they weren't like other superheroes. They were more like a family. And the more power they had, the more harm they could do to each other without even knowing it. That was the meaning of the Fantastic Four: that a family is like your own personal anti-matter. Your family is the void you emerge from, and the place you return to when you die. And that's the paradox - the closer you're drawn back in, the deeper into the void you go.







O gelo é o denominador comum. Real e metafórico. Frio, estéril, distante, fugaz, subjuga silenciosamente, desde a beleza da Natureza gelada à fragilidade e incompatibilidade das relações.


Mikey Carver: When its freezing, Because it means the molecules aren't moving, so when you breath, theres nothing in the air, you know, you breath into your body, the molecules have stopped, its clean.


Uma critica pungente a uma sociedade em revolução, contudo ainda dormente. Falsos moralismos, esquecimento e perda de valores, o contraste entre o despertar sexual dos filhos e a repressão sexual dos pais, a fraqueza da educação, tudo se junta e contribui para o descontrolo final, irreversível e doloroso.

Boas interpretações e uma boa realização, num filme competente com momentos bem conseguidos, apesar de surgir por vezes uma sensação de afastamento mas que não compromete uma magnífica premissa.



Paul Hood: To find yourself in the negative zone, as the Fantastic Four often do, means all every day assumptions are inverted. Even the invisible girl herself becomes visible and so she loses the last semblance of her power. It seems to me that everyone exists partially on a negative zone level, some people more than others. In your life, it's kind of like you dip in and out of it, a place where things don't quite work out the way they should. But for some people, the negative zone tempts them. And they end up going in, going in all the way.



04 julho 2010

(As) Simetrias [1]



Oh look, we have created enchantment.

I don't want realism. I want magic! Yes, yes, magic.
I try to give that to people.I do misrepresent things.
I don't tell truths. I tell what ought to be truth.



Whoever you are, I have always depended
on the kindness of strangers.







Blanche DuBois



Vivien Leigh em "Um Eléctrico Chamado Desejo" (1951)

e

Cate Blanchett numa produção teatral
do clássico de Tenessee Williams
(2009)



03 julho 2010

Eclipse



Em “Eclipse”, um ciclo termina. Isabella Swan, dividida entre Edward e Jacob, tem que decidir o seu futuro, lutar pelo seu destino. E, pelo meio, sobreviver a uma misteriosa ameaça de vampiros recém-nascidos que espalham caos e morte em Seattle.

Gostei de Eclipse, mas enquanto filme continua a ser insuficiente! Sendo uma refrescante evolução relativamente ao 2º volume, “Lua Nova”, não consegue estar à altura nem do livro original nem do outro antecessor, “Crepúsculo”. Maioritariamente fiel, até é uma boa adaptação, mas apenas isso (esquecendo o facto de que os livros, embora cativantes, são uma leitura ligeira e fácil, nada de transcendente); acho que haveria algum potencial para mais, por exemplo, abordando de uma forma mais intimista e profunda o dilema anterior de Bella e construindo uns diálogos mais consistentes! Além disso, também não apreciei algumas alterações que penso terem retirado algum drama à narrativa, como [SPOILER] o modo como Jacob descobriu do noivado de Bella e Edward e alguma simplificação no antagonismo entre Edward e Jacob [FIM DE SPOILER].
Contudo, são de destacar alguns pontos positivos: uma boa introdução, um ritmo mais dinâmico, os flashbacks que conferem uma certa profundidade às personagens, a apresentação da batalha final. Notam-se também ligeiras melhorias nas interpretações do trio protagonista, apesar das suas limitações ainda presentes, como falta de expressividade nalgumas situações.

Por último, não podendo deixar de comparar com Crepúsculo, considero o primeiro volume como o melhor filme da saga até agora (falta o 4º capítulo, “Amanhecer”, que será apresentado em duas partes). Crepúsculo tinha alma, uma atmosfera de romantismo, sensível e delicado mas forte, que envolvia o espectador, associada aos reconfortantes tons azuis e verdes da fotografia e à belíssima banda sonora de Carter Burwell! Principalmente em “Lua Nova”, mas também neste, esta perspectiva perdeu-se, fruto da lógica do lucro e apenas lucro!

Apesar de mediano, “Eclipse” constitui ainda um agradável entretenimento!