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“Capitães de Abril” foi um filme marcante para mim, que me impressionou e emocionou, e, já agora, o primeiro filme português que vi no cinema.
Lembro-me bem da sequência inicial, a ilustrar o horror da Guerra do Ultramar, e do que me fez sentir. Lembro-me de admirar e de me comover com a pessoa que foi Salgueiro Maia, um exemplo de honra, coragem, sensatez e integridade! (E destaco a sua interpretação por Stefano Acorsi, uma grande mais-valia deste filme!) Lembro-me de exultar com o relato da Revolução, deste passado ainda tão próximo, que não pode nunca ser esquecido!
Assim, este foi um filme que teve definitivamente um impacto em mim, do qual gostei imenso! De facto, não resisto a revê-lo em DVD ou quando passa na televisão.
A esta distância, tenho que dizer que o filme tem alguns defeitos, como a deficiente dobragem de voz e algum desequilíbrio no desenvolvimento da parte mais ficcional da história.
Contudo, a “base” da primeira impressão mantém-se. Para mim, é um filme especial. Para além da interpretação de Stefano Acorsi, tenho de realçar a beleza da banda sonora, a cargo do Maestro António Vitorino d’Almeida! (que tem também um pequeno, mas inesquecível, papel no filme).
Acima de tudo, sente-se ao longo de todo o filme a (devida) homenagem ao capitão Salgueiro Maia, numa composição inspirada e belíssima! E, em última instância, aos capitães de Abril e ao povo português que sofreu e lutou pela liberdade do nosso país!
Por isso termino exclamando: “Viva o 25 de Abril! Viva a Liberdade!”